Reforma trabalhista expõe trabalhadores mais pobres a perda de direitos

Os mais atingidos pela reforma trabalhista do golpista Michel Temer são os empregados mais pobres. Vigilantes, faxineiros, porteiros e trabalhadores do comércio são as maiores vítimas dos patrões. O levantamento feito pelo Ministério do Trabalho aponta que as demissões por acordo somaram 112 mil de novembro de 2017 a agosto deste ano.

A demissão por comum acordo permite que a empresa pague uma multa de apenas 20% sobre o saldo do FGTS, além de reduzir em 50% o valor do aviso-prévio. O trabalhador pode movimentar 80% do valor que a empresa depositou na conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mas perde o direito ao seguro-desemprego.

Os números são alarmantes. Apenas em agosto deste ano, quando aconteceram 15.010 demissões por comum acordo, houve uma alta de 9% comparado ao mês anterior, em que foram registradas 13.738 desligamentos nestes moldes. Em fevereiro, as dispensas alcançaram quase 18 mil.

Vale lembrar que que esses acordos abrem brecha para a possibilidade do trabalhador se submeter a uma chantagem. Fica nas mãos do patronato decidir a causa da demissão, dá-se uma rescisão em troca da renúncia aos direitos, como seguro-desemprego, por exemplo.