Servidores se unem no Dia do Trabalhador contra a retirada de direitos

Após uma greve geral histórica ocorrida no dia 28 de abril, a coordenação da ASSUFBA e os récnico-administrativos em Educação das Universidades Federais da Bahia voltaram às ruas, no 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, para protestar contra as medidas do governo golpista de Temer, que exterminam os direitos trabalhistas.

Em Salvador, o protesto, cujo tema foi “Pelo Brasil, Contra as Reformas Previdenciária, Trabalhista e a Terceirização”, aconteceu no Farol da Barra e contou com a presença de diversas lideranças sindicais, sociais e políticas. O ato foi organizado em unidade na luta por seis centrais sindicais com a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), se apresentando de forma destacada.

 

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A técnica-administrativa em Educação licenciada do HUPES, deputada federal Alice Portugal, ressaltou que a data deve ser lembrada como um dia de luta contra a exploração e em defesa das liberdades democráticas. A parlamentar fez questão de reforçar a necessidade de manter a mobilização contra as reformas trabalhista e previdenciária, impostas pelo governo Temer.

A categoria, de forma organizada e pacífica, participou das últimas mobilizações que rechaçaram os retrocessos almejados pelas medidas do governo. “Participamos em todo o país das lutas em defesa dos serviços públicos. É nossa tarefa histórica não permitir que os direitos conquistados ao longo dos anos sejam destruídos em 18 meses de governo. As Universidades Públicas Federais da Bahia, pelas mãos dos técnico-administrativos em Educação conscientes, contribuíram para o sucesso e o êxito da grande luta”, disse o coordenador geral da ASSUFBA, Renato Jorge Pinto, parabenizando a categoria e os coordenadores do Sindicato.

 

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Para as coordenadoras da ASSUFBA, Almira do Rosário e Eliete Gonçalves, a reforma Trabalhista altera a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) eliminando direitos importantes conquistados após anos de luta pelos trabalhadores. Segundo elas, enfraquece a organização sindical, ao impor que o negociado prevaleça sobre o legislado, o que dá força de lei aos acordos entre patrões e empregados, secundarizando e enfraquecendo a Justiça do Trabalho.

A Reforma da Previdência também é danosa. Impõe a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e de 62 anos, para as mulheres. Se quiser receber o valor integral do benefício, será necessário trabalhar por 40 anos. Na prática, a PEC 287/16 acaba com o direito à aposentadoria no Brasil. “A luta pela derrota dessas reformas continua. Os trabalhadores e os servidores públicos das três esferas não podem pagar a conta pela crise. Fora Temer” ressaltou o coordenador de Comunicação, Francisco Vilares.