SERVIDORES(AS) DA UFBA, UFRB, UFOB, UFSB E UNILAB FORTALECEM GREVE E APROVAM OS CONSIDERANDOS E AS ORIENTAÇÕES DO CNG-FASUBRA INDICADAS PARA AS ENTIDADES DE BASE

A greve dos(as) Técnico(a)-Administrativos(as) em Educação tem de continuar ainda mais forte. Este é o entendimento dos(as) servidores(as) da UFBA, UFRB, UFOB, UFSB e UNILAB que lotaram a democrática Assembleia Geral Virtual Unificada da categoria, nesta quarta-feira (24/04). A atividade contou com a participação de 380 TAE. O posicionamento segue orientação da FASUBRA.

O governo apresentou uma proposta insuficiente que mantém o reajuste de 0% nos salários em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026, e que não atende a maioria das reivindicações que constam na pauta de reivindicações dos trabalhadores. Portanto, intensificar a greve é o caminho.

Logo no início da atividade, foi lido o informe do Comando Nacional de Greve da FASUBRA com a avaliação da proposta apresentada pelo governo, feita no dia 19 de abril. Para a categoria, os números são insuficientes, decepcionantes. A pressão continua para que as pautas sejam atendidas. O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, ressaltou que “tudo que foi conquistado até agora é fruto da forte greve”.

O Coordenador Geral Edinelvan Lima apresentou um quadro comparativo do PCCTAE atual com a contraproposta do governo. Logo em seguida os representantes dos Comandos Locais de Greve, Ana Coelho (UFRB), Rony Keito (UFOB) e Jocélia Melo (UNILAB) socializaram os informes sobre as últimas ações do movimento grevista em suas respectivas Instituições. Renato Jorge propôs a realização de uma reunião conjunta dos CLG da UFBA, UFRB, UFOB, UFSB e UNILAB para discutir em profundidade os rumos do movimento.

A assembleia aprovou por esmagadora maioria os considerandos e as orientações do CNG-FASUBRA indicados para as entidades de base. Ao todo, 95% servidores(as) votaram sim, apenas 1% votou não e 4% se abstiveram.

Veja abaixo os 11 pontos aprovados:

➡ ORIENTAÇÕES DO CNG PARA AS ENTIDADES DE BASE

1. Continuidade da greve dos TAE por tempo indeterminado;

2. Reafirmar a proposta de reestruturação de carreira aprovada em plenária e
protocolada no MGI, rejeitando a proposta do governo apresentada na mesa de
negociação de 19 de abril manifestando a concordância com os pontos
acatados pelo governo. Apresentar contraproposta do índice de recomposição
salarial trazendo, da mesa geral para a específica, o índice construído pelo
FONASEFE e calculado pelo DIEESE, de 34%, dividido em 2024, 2025 e 2026
(10,34% a cada ano) como orientado pelo relatório da CNSC;

3. Participação na campanha: “Lula, Haddad, Esther e Tebet, recebam os
Trabalhadores da Educação”, organizada pelo CNG. E nas sextas-feiras subir
a Hashtag #LulaRecebaOsTae no X e no Instagram;

4. Realizar atividades com políticos, preferencialmente em contato com lideranças
de bancadas, regionalizadas, em busca de apoio e de resolutividade da nossa
greve;

5. Organizar atividades nos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento,
Planejamento, Gestão e Inovação e principalmente no Congresso;

6. Atividades nas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas em todas as
cidades onde houver unidades e/ou campi avançados das universidades e
institutos, além de protocolar moção e solicitar a realização de audiências em
apoio a nossa greve;

7. Reafirmar a proposta de carreira apresentada pela FASUBRA em outubro do
ano passado, analisada no Relatório do GT Reestruturação, incluindo a
aglutinação dos níveis A/B (com 40% da remuneração do nível E) e C/D (com
60% da remuneração do nível E), o estabelecimento do RSC e todos os demais
pontos;

8. Propor ao ANDES, SINASEFE, FONASEFE, como também ao movimento
estudantil, a realização de fortes atos unificados no 1° de maio que incorporem
o apoio à greve da educação e das pautas dos servidores federais junto às
demais pautas da classe trabalhadora;

9. Indicativo de Caravana na segunda quinzena de maio;

10. Realizar atividade de impacto na base com atos em frente às reitorias, e no
MEC, em 9 de maio, como dia nacional de luta pela destituição dos
interventores, por eleições no mínimo paritárias, pela paridade nos órgãos de
decisão, pelo fim da lista tríplice, pela defesa de que os TAE possam ser reitores
das instituições, pela democracia interna das instituições federais de ensino;

11. Propor ao ANDES, ao SINASEFE e às entidades estudantis, a construção de
calendário unificado de atividades.

O Comando Nacional de Greve também orienta a realização de um Calendário de Lutas, que inclui a participação no 1º de Maio, ações nos aeroportos, nas reitorias, nos Hospitais Universitários, nas Câmaras de Vereadores(as) das cidades e Assembleia Legislativa da Bahia.

A categoria e a Coordenação da ASSUFBA também fizeram proposição, como a produção de um material, pela Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, que trata do impacto financeiro da proposta apresentada pelo governo, além da construção da contraproposta a ser avaliada pelo Comando Nacional de Greve e posteriormente apresentada ao governo.

As propostas também incluem a realização de uma atividade, cujo tema seria Universidade e Democracia: um olhar crítico sobre a greve atual e os 60 anos da ditadura militar, ações na UNILAB, São Francisco do Conde; no IMS-CAT, Vitória da Conquista; na UFRB, Cruz das Almas; além de uma reunião com o Reitor da UFBA para tratar do PGD (Programa de Gestão e Desempenho).

Com mais de 25 servidores(as) inscritos(as), a Assembleia ocorreu de forma democrática, garantindo que todos(as) os(as) presentes colocassem suas opiniões e propostas, que foram acolhidas pela Coordenação e os presentes. Ao final, Renato fez uma breve atualização sobre os Processos Jurídicos Coletivos movidos pelo Sindicato ao longo dos anos e que tem logrado sucessivas vitórias nos últimos tempos.

LUTAR. VENCER. A GREVE É PRA VALER!
SINDICATO É PRA LUTAR!
PARTICIPE!