Taxação tributária brasileira é injusta e desigual, dizem pesquisadores

 

O Brasil precisa de uma reforma tributária urgente. A cobrança de impostos é desigual e a metade da taxação é sobre consumo. Por exemplo, metade do preço de um automóvel é imposto, metade do valor de uma pizza também é imposto. Na contrapartida, pessoas que ganham mais de R$ 290 mil por mês tem 70% de sua renda não tributada. Ou seja, o impostos no país incidem sobre consumo e não sobre renda e patrimônio.

Os pesquisadores colocam que a raiz da desigualdade na tributação se dá no exemplo mais simples de um cidadão classe média que vai ao mercado e paga 50% de imposto no arroz e o mesmo é incidido na compra do mesmo produto a um milionário.  O impacto é absolutamente diferente.

A reforma no viés do neoliberalismo tem o foco na simplificação da cobrança, como colocar uma série de impostos em um única cobrança ao cidadão.

Os pesquisadores presentes ponderam que essa simplificação pode ter sim certa relevância, mas não vai no cerne do problema que se faz necessária a reforma tributária brasileira, pois há um cenário de injustiça fiscal e ampla desigualdade no país. A simplificação de impostos é realmente muito mais eficaz para o empresariado.

Vale lembrar que em 1995, no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), foi criada a isenção a todos os sócios e acionistas de empresas da distribuição de lucros e dividendos. Ou seja, quando há lucro de determinado período de empresas, incluindo multinacionais, são divididos  os benefícios entre seus acionistas sem nenhuma tributação.