Assembleia realizada no COM-HUPES, nesta segunda-feira (30/09), reafirma posicionamento contrário ao Future-se

Durante a manhã desta segunda-feira (30/09), a ASSUFBA Sindicato realizou assembleia com os servidores do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (COM-HUPES), para tratar dos informes nacionais e locais, do projeto Future-se, Gestão Plena, além do abono de permanência, os Turnos Contínuos e o processo de consulta do HUPES. Compuseram a mesa o Coordenador Geral do Sindicato, Renato Jorge, junto com a Coordenadora de Saúde do Trabalhador, Almira do Rosário, e o Coordenador de Assuntos Jurídicos, Paulo Vaz.

Iniciada com um retrospecto do atual cenário do país, a assembleia tratou a respeito da reforma trabalhista, ocorrida em 2016 e vigorada em 2017. A nova lei, que excluiu diversos direitos dos trabalhadores, antes de ser aprovada, possuía o discurso de que geraria emprego e renda no Brasil, quando o seu resultado foi totalmente contrário.

O Sindicato fez um alerta sobre as novas reformas que estão em discussão na Câmara e no Senado, como a reforma da Previdência (PEC 06/19) e a reforma Administrativa, e como possuem as mesmas promessas de recuperação da economia, quando na verdade tiram benefícios dos trabalhadores e privilegiam os mais ricos, como donos de bancos e empresários.

 

 

A respeito do projeto do governo Jair Bolsonaro (PSL) de desmonte com a educação, o programa Future-se, foi exposto o posicionamento contrário à adesão do programa aos servidores do COM-HUPES e feita a convocação para participação da Greve Geral da Educação dos dias 2 e 3 de outubro, em defesa da universidade pública e contra os cortes da educação.

O programa Future-se, além de abrir uma grande brecha para privatização das universidades federais e dos institutos federais, traz risco ao funcionalismo dos hospitais universitários, como o HUPES. Hoje, atendendo exclusivamente o Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital oferece atendimento gratuito de qualidade, mesmo enfrentando diversas dificuldades em sua infraestrutura e seu orçamento.

Estando em prática, o Future-se coloca de lado os pacientes atendidos pelo SUS e propõem a utilização da “dupla porta”, que abre a possibilidade, não só ao atendimento, como também a opção da oferta dos serviços universitários para o modelo privado dos planos de saúde, pondo em risco o funcionalismo dos hospitais, uma vez que não possuem investimento para tal. Pelo contrário, diariamente são publicadas portarias afirmando cortes de recursos como uso de elevador e ar-condicionado em determinados horários, entre outros.

Sobre os cortes ocorridos na área da educação, a assembleia lembrou da situação de algumas universidades federais da Bahia, como a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que passam por um momento de grande ameaça do governo. Até agosto já foram anunciados cortes e contingenciamentos que chegam a até R$ 6 bilhões. Esses cortes afetam diretamente projetos de ampliações, por exemplo, e chegam a significar até 70% em algumas universidades.

 

 

A Coordenação da ASSUFBA Sindicato reforçou também, juntamente com os servidores técnicos presentes na assembleia, a defesa da nomeação do diretor Antônio Carlos Lemos e a enfermeira Valdira Gonzaga Rodrigues. Eleitos democraticamente após contagem de votos, sendo total de 483 votos válidos do TAEs, 183 votos válidos dos docentes e 657 votos válidos dos estudantes, foi impossibilitada a nomeação da chapa eleita. O pleito foi judicializado e aguarda finalização do processo.

Durante assembleia, também foi tratado sobre os Turnos Contínuos. No decorrer, ainda foi abordada a Gestão Plena, assunto que tem sido discutido entre os servidores, porém, sem real conhecimento da possível ameaça, uma vez que não são passadas novas informações a respeito do verdadeiro objetivo da implementação da Gestão Plena e seus riscos ao funcionalismo do hospital.