Bolsonaro declara que reforma administrativa ainda precisa de “polimentos” e define data para discussão

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista coletiva na última sexta-feira (03/01), no Palácio da Alvorada, onde afirmou aos jornalistas que será feita uma reunião no dia 19 de janeiro para discutir a reforma administrativa.

A proposta tem como um dos objetivos, reduzir os gastos com servidores. Segundo o governo, as medidas só serão válidas para os novos servidores. Bolsonaro afirmou que será feito um “polimento” na reforma, e que o texto será o “mais suave possível”.

“A gente vai dar um polimento nela. Nós queremos uma reforma administrativa que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para a gente consertar uma calça velha com remendo de aço, não dá. Alguma coisa é remendo, alguma coisa é reforma. Acho que já amadureceu o que a equipe econômica queria”, afirmou o presidente.

Ele falou também que existiu um problema de entendimento entre sua equipe. Segundo Bolsonaro, a equipe econômica vê “números”, enquanto ele precisa analisar “números e pessoas”. Uma das preocupações de Jair nesse momento é como será transmitida a reforma para os servidores atuais.

“O que a equipe econômica, às vezes, tem algum problema de entendimento conosco é que eles veem números. Eu tenho que ver números e pessoas, está certo? E na reforma administrativa tem que ser desta maneira. Não vai atingir 12 milhões de servidores, a reforma é daqui para frente. Mas como essa mensagem vai chegar junto aos servidores? A gente tem que trabalhar a informação para depois chegarmos a uma decisão”, finalizou.

Apesar das afirmações do presidente, a categoria bem sabe que a mira de Bolsonaro está apontada para os servidores públicos desde o início do mandato. Boa coisa não vem por aí.