Comando de Greve Unificado leva pauta à reitoria da UFBA

Servidores técnico-administrativos, professores e estudantes da UFBA participaram de uma reunião conjunta na reitoria da universidade com a reitora, professora Dora Leal para apresentar e encaminhar as reivindicações comuns aos três segmentos em greve.

Os segmentos apresentaram também uma carta com os pontos essenciais que estão defendendo não só perante o governo e a universidade. “É uma luta em defesa de melhores condições de trabalho, salários, melhor assistência estudantil. Uma luta em unidade com os servidores técnico-administrativos e com os alunos”, afirma a representante do Comando de Greve dos Professores, a professora Celi Tafarel.

Foto: Américo Barros

Para o coordenador de Formação Sindical da ASSUFBA Sindicato, Antônio Bonfim Moreira, que trouxe para a reunião unificada informações do Comando Nacional de Greve, em Brasília, onde esteve representando como delegado da Bahia e representante dos técnico-administrativos, “os técnicos impuseram um novo ritmo à greve da categoria, mostrando ao governo a força de um movimento que existe desvinculado da greve dos docentes. Tivemos que fazer isso para que o governo entendesse que não existia apenas a greve dos docentes e que a nossa categoria precisa ser valorizada dentro da universidade, ter o seu papel destacado e suas demandas reconhecidas porque continuamos sendo o pior salário do serviço público federal”.

Antônio Bonfim entregou a reitora Dora Leal uma Carta Aberta à Sociedade e Parlamentares que relata as principais reivindicações dos Técnico-Administrativos em Educação em greve desde junho.

Foto: Américo Barros

A reunião prosseguiu com os comandos expondo suas pautas locais e salientando que não é uma luta coorporativa, mas uma luta política. A representante do Comando Estudantil, a estudante acadêmica Marina Fernandes relembrou que na década de 80 as três categorias se aliaram na luta e que agora está acontecendo novamente uma retomada histórica de lutas em conjunto. A representante estudantil explicou que até agora não foram atendidos na pauta, mas que os estudantes têm um projeto alternativo para a universidade.

Outra preocupação presente na reunião foi apresentada pela coordenadora de Comunicação da ASSUFBA, Cássia Virginia Maciel que abordou as consequências da EBSERH. “Pelo Art º 207 da C.F, a EBSERH representa um ataque direto à autonomia da universidade”. A coordenadora lembrou ainda que a força de trabalho do HUPES e MCO sofrem com os desvios de função. “Como é que vamos ceder esse pessoal para a EBSERH? O que vai ser feito com esses profissionais com desvio de função?, questionou.

A reitora Dora Leal afirmou que a posição do reitorado será sempre de dialogar e respeitar os movimentos sem distinção, entendendo que técnico-administrativos e docentes são componentes de mesma importância para a vida universitária.

08/08/2012

Ascom ASSUFBA Sindicato