Desemprego no Brasil atinge mais jovens, negros e mulheres

O desemprego tem cor, gênero e classe social no Brasil e espelha a desigualdade acentuada durante o governo de Jair Bolsonaro. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua apontam que 30% dos brasileiros estão em busca de emprego há mais de 2 anos, nesta parcela, os mais atingindos são jovens, negros e mulheres. 

O balanço divulgado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) ainda registra que a taxa média de desemprego foi de 9,3% no segundo trimestre e o Nordeste está no mapa de estados com maiores registros: Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). E as menores, em Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%).

A variação também é grande no recorte de gênero e raça. O desemprego tem taxa de 7,5% entre os homens e sobe a 11,6% no caso das mulheres. Também fica abaixo da média nacional entre brancos (7,3%) e acima tanto para pretos (11,3%) como para pardos (10,8%), classificação usada pelo instituto. Quase dois terços dos desempregados (64,7%) eram pretos ou pardos. E a população de 25 a 59 anos representava 58,5% dos desempregados – os jovens de 18 a 24 anos, 31%. Para esse último grupo, a taxa de desemprego é mais alta (19,3%).