Governo impõe arrocho no salário do servidor público federal

Em oito anos e meio de arrocho salarial (julho de 2010 a dezembro de 2018), servidores acumularam uma perda real equivalente a 17,2 salários, ou seja, quase um ano e meio de trabalho ao governo sem remuneração pelos serviços.

O dado é do Corrosômetro, documento criado pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), realizado para acompanhar a evolução salarial dos servidores públicos em relação à inflação registrada em diferentes períodos.

A atualização dos dados foi feita a partir do Boletim Focus do Banco Central em 27 de julho do último ano. A defasagem da remuneração do servidor recorrente é estimada em 18% até o final deste ano.

O presidente Michel Temer já anunciou neste ano medidas de congelamento salarial dos servidores públicos civis, como medida do congelamento para 2019. A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, divulgou em nota técnica que tal medida é inconstitucional.

A proposta de congelamento dos salários é do Ministro de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), Esteves Cognaldo. Na ocasião da proposta de Cognaldo, por meio de Medida Provisória (MP) foi recusada pelo Supremo Tribunal Federal, através do ministro Ricardo Lewandowski, que aceitou o pedido liminar da Ação de Inconstitucionalidade (ADI), cancelando a matéria que nem mesmo foi votada dentro do prazo regulamentar no Congresso Federal