Pocket Show Apresenta Diálogo entre Música e Literatura

imageA estreita relação da Música Popular Brasileira com a literatura é tema do pocket show “Mandando a Letra”, com a banda baiana Balansoul, que se apresenta na Saraiva do Salvador Shopping, no próximo dia 26 de abril (sexta-feira), às 19h, com entrada gratuita. O bate papo musical aborda autores como Jorge Amado, Graciliano Ramos, Nelson Motta e Paulo Coelho, que inspiraram e compuseram inúmeras canções.

Para montar o repertório, os músicos mergulharam em uma extensa pesquisa envolvendo a identidade dos autores e de suas obras. “Direta ou indiretamente as duas coisas se relacionam. Nem precisa falar de música, basta criar um ambiente, uma consciência narrativa que inspire, como é o caso de Jorge Amado”, explica o vocalista da Balansoul, Alê Santana.

Ele lembra que a baianidade expressa por Jorge está na música de Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Gerônimo e outros. Mas há também autores que compõem, a exemplo de Paulo Coelho, o brasileiro mais lido no mundo e parceiro musical de artistas como Raul Seixas e Rita Lee. “A música é literatura antes mesmo de ser música”, provoca.

“É todo um universo para explorar. A produção de biografias de cantores, compositores, o estudo sobre ritmos e a própria história relacionada à MPB, criam uma fonte infinita de pesquisa”, aponta o guitarrista, Ruan de Souza. A parceria com a Saraiva no “Mandando a Letra” está confirmada até novembro, com apresentações todas as terceiras sextas-feiras do mês. Entre palavras e melodias o grupo pretende ainda dar um tom autoral ao projeto.

A Banda

Inspirada na black music nacional, a Balansoul lança agora no segundo trimestre um EP com músicas inéditas, que serão apresentadas ao público no Pocket Show. “É o momento de a gente apresentar nosso trabalho”, diz Ruan ao prometer um som com composições próprias. Segundo os músicos, o processo criativo da banda vem das relações, do cotidiano e de conversas com os amigos. O que eles chamam de “resenhas”, no bom baianês frequentemente explorado em suas músicas.

Para os quatro integrantes, que são amigos de infância, o entusiasmo é motivado por “tocar juntos” e sentir a resposta do público. “Escolhemos o repertório, preparamos os arranjos, ensaiamos e agora a expectativa é ver o retorno de quem for assistir. Queremos que eles participem e colaborem com o processo de pesquisa. O próprio ambiente da Saraiva facilita isso”, ressalta Alê Santana.