Reforma da Previdência deve aumentar desigualdades

Os idosos serão os mais afetados ao longo dos anos caso a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro seja aprovada pelo Congresso Nacional. Estudos recentes do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicam que sem a Previdência, a pobreza entre a população idosa, que hoje varia entre 2 e 3%, chegaria a 70%. 

Especialistas afirmam que o objetivo da reforma é a acabar com a Seguridade Social, conquistada no Brasil com a Constituição de 1988, no período de redemocratização do país. 

Os benefícios como a previdência rural e a prestação continuada contribuíram para redução do êxodo rural do Nordeste para o Sul. E entre 70% a 80% dos municípios brasileiros a transferência de recursos da previdência é maior do que os recursos transferidos pelo fundo de participação municipal.

A seguridade social garantida pela Constituição de 88 é composta pelo SUS  (Sistema Único de Saúde),  seguro desemprego, BPC (Benefício da Prestação Continuada) – para idosos pobres e deficientes físicos – e pelas previdências urbana e rural. 

A Previdência Social é uma forte combatente das desigualdades. Reformas são necessárias por conta da necessidade de ajustar a expansão demográfica às regras. Mas, não devem destruir o sistema de proteção social do país.